Há quase 13 anos atuando com meninos vítimas do Fenômeno Talibé, a instituição, que conta com base no país africano, busca por padrinhos e madrinhas para manter e melhorar a estrutura e cuidado de crianças acolhidas.
Foi em 2011, em uma viagem a trabalho que Edmilson Neto, bombeiro aposentado do estado de São Paulo, se deparou com a realidade do Fenômeno Talibé no Senegal. A imagem de cerca de 100 mil crianças nas ruas da capital Dakar, largadas à própria sorte, levou à criação do Chemin Du Futur (Caminho do Futuro), que atua no resgate e acolhimento de crianças que fugiram da dura realidade do fenômeno e passaram a viver nas ruas.
Com cerca de 13 anos de experiência senegalesa, a ONG, que hoje conta com parceria de grandes instituições sociais brasileiras, como Fraternidade Sem Fronteiras e Exchange do Bem, está em fase de construção de sua casa própria no continente africano, o que vai possibilitar triplicar a sua capacidade de atendimento.
As crianças resgatadas pelo Chemin Du Futur contam com uma estrutura completa, além da moradia e alimentação, elas recebem atendimento médico e odontológico, são matriculadas na escola pública, tem reforço escolar com professores contratados pela instituição e são acompanhadas por uma equipe de mais de 10 senegaleses, entre monitores, assistentes sociais e cuidadores.
“É o apadrinhamento que nos permite chegar até aqui. Manter uma instituição funcionando em outro continente é um caminho cheio de altos e baixos e de muitos desafios. É tudo diferente do que estamos acostumados aqui, não só culturalmente, mas como também em questões jurídicas” afirma Edmilson, fundador e presidente da instituição. “Hoje, com o apadrinhamento conseguimos manter a alimentação e cuidado diário dos meninos, mas precisamos muito que mais pessoas conheçam o nosso trabalho e apoiem para que cada vez mais crianças possam ter uma realidade diferente da que se apresenta para elas nas ruas”.
Ed ainda explica que o cuidado integral oferecido aos acolhidos abrange não só o dia a dia e a contratação de profissionais, mas também o apoio financeiro aos meninos mais velhos, que completaram a maioridade e já não moram no Chemin, mas recebem ajuda financeira para estudar “Nosso foco é que os meninos possam realizar os seus sonhos. Cada um tem uma realidade familiar, quando completam 18 anos e voltam a viver na casa
das famílias, apresentam necessidades diferentes. Alguns conseguem apenas estudar, outros preferem fazer um curso técnico para conciliar o estudo com o trabalho. Nosso papel é conseguir apoiá-los, independente da necessidade de cada um”.
Para saber mais informações sobre o trabalho do Chemin Du Futur e apadrinhar, acesse: www.chemindufutur.org ou @chemindufuturoficial no Instagram.
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